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sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

USA

Este blogue é assumidamente americanófilo: tem pelos Estados-Unidos da América a pura admiração que decorre do reconhecimento do muito que os EUA têm feito para o mundo se tornar mais habitável e decente. Os EUA são a única superpotência e deseja-se que conservem o seu estatuto por muitos anos: não há nação que tenha feito tanto pelo mundo em tão pouco tempo, não há nação que em pouco mais de 200 anos tenha gerado tantas influentes e memoráveis personalidades. Para chegarem ao seu invejável e odiado poderio, os americanos trabalharam muito, apoiados por meia dúzia de ideias sólidas e eficientes: cultivaram e praticam o patriotismo, a responsabilidade e a iniciativa individuais, a liberdade religiosa, a liberdade comercial, a liberdade de expressão, a liberdade de educação. Os americanos são exigentes e procuram continuamente a inovação. Acreditam e premeiam o mérito. São os que mais gastam em investigação: os organismos estatais, as universidades, as empresas, as fundações americanas, subsidiam mais de 1.200.000 investigadores. São o país que mais projectos financia em todo o mundo: os EUA gastam bilhões de dólares a ajudar países de todos os continentes: usam bombas quando é imperativo e usam sempre livros, laboratórios e tecnologia.
A Europa, coitada, não consegue disfarçar a sua incomodidade pela grandeza imperial dos EUA. A Europa inveja os EUA e por isso são tão frequentes as críticas europeias à diplomacia norte-americana. Não incluo nestas, as que são proferidas pela esquerda que era moral e financeiramente sustentada pela URSS: essa esquerda maligna, que nunca criticou quem a alimentava, rancorosa e obtusa, não perdoa aos EUA a sua vitória na Guerra Fria.
Mas, as elites europeias que criaram o Estado-Providência e toleraram o florescimento do marxismo nas suas sociedades, namorando-o por imperativos eleitorais aqui e ali, e que está hoje empenhada na demorada e envergonhada construção dos Estados-Unidos da Europa sabe, apesar da sua genérica ignorância da História, o quanto deve aos EUA. E, mais importante, sabe o quanto precisa dos EUA. As elites federalistas sabem que a Europa teimou, ciclicamente, em se auto-destruir, desde as guerras religiosas dos séculos XVI e XVII às guerras mundiais do século XX. As primeiras foram forte estímulo para a imigração dos europeus para o continente norte-americano; as segundas foram decididas graças à intervenção dos EUA. Esta nossa arrogante e impotente Europa, criou monstruosidades como o nazismo e o comunismo, praticou o genocídio, arruinou a sua economia e ainda pediu desculpa por aquilo que de melhor fez no mundo: a colonização de África. Desnorteada e empobrecida, a Europa entregou aos EUA a liderança mundial. Os EUA, não obstante os erros cometidos, têm estado à altura do desafio. E, compreensivelmente, não querem abdicar do seu estatuto. Não apenas porque seria absurdo: mas porque a sua hegemonia é o pilar da preservação dos seus interesses e da expansão dos seus valores. E é também a melhor garantia para a defesa da civilização na Europa.