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quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Mais uma vergonha

Não sou pai, mas tenho um sobrinho. E sei agora o que significa ai as crianças são o melhor do mundo. São fonte permanente de felicidade e de preocupação, e testemunhar e participar do seu crescimento não se explica convincentemente pela palavra: tem que ser vivido e sentido.
Mas as crianças são também um formidável negócio. Crianças nuas na Internet para gozo de pedófilos é repugnante; mas 400 ou 500 euros mensais pelo filho na creche ou infantário é uma chatice mas tem que ser. Com estes preços, com este roubo, não há política de natalidade que prospere: a maioria dos jovens casais não pode pagar perto de 1000 euros por dois filhos entretidos num infantário.
E o Estado português, em vez de estudar a situação e dizer alto e pára o baile, lucrem mas não sejam obscenos, lucrem mas não compliquem a natalidade, em vez de fixar limites ao valor das mensalidades, prefere limitar-se a contar as camas das creches, a cheirar as respectivas casas de banho, a provar os almoços das criancinhas, a tagarelar com as educadoras, a cobrar o IRC, e a dizer parabéns eis o alvará bom negócio.