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sábado, 20 de janeiro de 2007

Guerra e Mulheres


Só gostam de guerras aqueles cujo juízo já conheceu melhores dias. Os fascistas, por exemplo, deixaram-se tontamente levar pela verborreia futurista que glorificou a guerra, invadiram a Etiópia e julgaram-se orgulhosos ressuscitadores do Império Romano, tiveram inveja dos sucessos alemães e decidiram entrar na guerra quando a julgaram quase resolvida. A vaidade cegou-os, e de derrota em derrota, os aliados ensinaram a Mussolini a evidência de que só se deve fazer a guerra quando se tem legimitidade e força para isso. Perder uma guerra que se poderia e deveria ter evitado enfurece a população que a sofre, e Mussolini, acabou pendurado pelos pés na rua, com o seu cadáver a ser celebremente profanado pela multidão desvairada.
Isto, para ilustrar a imagem de um grupo de senhoras americanas em aprendizagem industrial. Com milhões de homens envolvidos nas operações militares, os Governos tiveram que apelar ao patriotismo das mulheres e mães dos soldados para sanarem carências de mão-de-obra. Foram decisivas nas fábricas de produção de armamento no trabalho administrativo dos organismos públicos, nos hospitais e nas escolas. Sofreram para além do descritível as mortes dos seus, suportaram destruições e privações terríveis, viveram com medo e com saudades. Mas deram cabal conta do recado, provando, a si próprias e aos restantes, a sua competência e a sua utilidade fora de casa. Apressaram o fim da guerra e aceleraram a evolução social.