Fazer anos é uma oportunidade para contar amizades. Confesso que não sou um gajo com dezenas de amigos. Como tenho o horror parvo de incomodar e sou desleixado, procuro pouco quem tem a minha sólida estima. Os amigos sentem-no, adaptam-se e alinham no jogo. Acabam por fazer quase o mesmo. Como somos amigos, a ausência não belisca o sentimento, não diminui a intimidade, não anula as afinidades. Aproveito a entrada nos 32 para actualizar o inventário dos amigos. Quem se lembrou, telefonou ou enviou uma mensagem. Ei-los: o Renato, o Darko, a Helena, a Margarida, a Ni, a Cátia, a Eva, a Sofia, os primos Xandy, David, Edgar e Sara. Beijo-os e beijo-as. Aos que se esqueceram, lembro atenuantes que ajudam ao perdão: o João Miguel é indiferente aos aniversários dos outros, o João Marco está apaixonado, o Chico está em Inglaterra, a Helena com a depressão, a Teresa no estrangeiro. Para o ano não se podem esquecer. Se eu por cá continuar.