Este blogue é contra a pena de morte. A tentação do enforcamento e da injecção é compreensível. Não faltam cruéis bandidos que tanto mataram que merecem morrer. Mas o Estado perde alguma da sua legitimidade moral quando mata em resultado de uma sentença. Quando assina uma sentença de morte, o Estado coloca-se ao nível do homicida que julgou e condenou, porque mata e porque contraria o seu postulado de valorizar e de proteger a vida humana. Como o Estado não deve matar, advoga-se a prisão perpétua: não se recuperam os que foram assassinados, mas sofre o assassino.