A minha foto
Nome:
Localização: Lisboa, Portugal




terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Alberto João Jardim

Este blogue tem genérica e justificada repulsa pela classe política portuguesa. Talvez não seja tão danosa quanto a da I República, mas está fora de dúvida o seguinte: a grande maioria dos nossos eleitos, deputados e pessoal municipal, disponibilizaram-se para a política porque a política garante trabalho fácil pela vida fora, porque a política garante rentáveis negócios e engorda quase sem esforço as contas bancárias.
No meio desta multidão de chicos-espertos - que berram propostas demagógicas, que mentem aos eleitores, que obedecem cegamente à disciplina partidária, que são incapazes de produzir um qualquer estudo digno desse nome, que passeiam a sua vaidade pelo Parlamento, que toleram o laxismo dos serviços municipais, que desperdiçam dinheiros públicos com a facilidade de quem bebe um chá - alguns existem que se destacam porque têm obra feita que os eleva.
Alberto João Jardim é um deles. Por vezes exagera e excede-se na linguagem. Tem um estilo de comunicação característico, insusceptível de ser adaptado aos gostos do jornalismo esquerdista de Lisboa. Há mais de 30 na Presidência do Governo Autónomo da Madeira, Jardim mudou para melhor a Madeira. A Madeira não perdeu as suas raízes e não abandonou as suas tradições. Tem uma identidade que se alimenta do orgulho, que conservou o que tinha de válido a conservar e que conseguiu modernizar-se. Aproveitou os subsídios da Europa para construir e renovar infra-estruturas, para escolas, hospitais e bibliotecas, para restaurar o património. Tem uma política de turismo bem sucedida que o continente deveria aproveitar.
Jardim é atacado e por muita gente detestado em Lisboa, porque acumula uma impressionante série de vitórias eleitorais, e porque nunca teve medo das esquerdas, porque nunca a elas se curvou, porque nunca lhes pediu desculpa ou facilitou a vida, porque sempre as combateu e denunciou. Governante competente e lutador incansável, Jardim é uma das grandes referências da direita portuguesa.
Segue-se o extracto de um texto recentemente publicado pelo Presidente do Governo Autónomo da Madeira, integralmente disponível na página oficial abaixo destacada.

Hora de medíocres

"Os melhores do País, por um lado foram sendo cativados pelo sector privado e, por outro lado, muitos, mesmo muitos, não estão para se transformar em “mártires” e assumir responsabilidades públicas onde sabem que vão ser impunemente enxovalhados, desconsiderados, que terão de aturar o direito “democrático” dos analfabetos e dos incompetentes dizerem asneiras e neles interferir, ou mesmo sabotar, terão de aturar invejas patológicas e viver mergulhados na autêntica “selva” em que se transformou a vida portuguesa.
Tudo isto devido à grande alarvice em que se tornou a formação da Opinião Pública.
Assim, muito perdeu e perde Portugal.
Mas há uma mediocridade quase colectiva, que gosta disto.
Outro factor que contribuiu para a decadência nacional, foi o sistema de ensino. A ausência de formação cívica capaz; o facilitismo; a falta de rigor e de exigência que conduz à menoridade do Conhecimento; a preguiça na Inovação; a secundarização ou o quase ignorar do Mérito, em prol da massificação generalista e mediocratizante; o laxismo ante a indisciplina generalizada.
Está-se mesmo a ver, o que representam para Portugal eventuais Quadros, dirigentes públicos, saídos de um sistema há décadas assim.
Depois, a partidarite aguda que se apossou do País. Tudo anda à volta, e só, dos interesses dos Partidos políticos, tornando estes como que os proprietários exclusivos da Vida nacional, o que acaba por marginalizar tanta boa gente de quem o Estado necessita.
Nenhum País funciona, quando tudo se resume e limita aos interesses dos Partidos. Dá lugar ao carreirismo, incluso de gente que desde muito nova outra coisa não faz, senão “trabalhar para o Partido” e “fazer política”, inócua para o Interesse Nacional."