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sábado, 18 de agosto de 2007

Madame de Stael

Madame de Stael (1766-1817) precisava de amor como de oxigénio. Acumulou amantes, que deslumbrava com a sua inteligência e independência, e que esgotava com as suas insaciáveis exigências sentimentais. Sensata gestora da herança do pai, apesar da generosidade para com os amigos e do luxo em que vivia; sensata defensora da monarquia constitucional, em época de ferozes convulsões; proibida de viver em Paris pelo megalómano Napoleão, altiva desdenhadora de convenções, hospitaleira com quem partilhava afinidades e gostos, escritora de sucesso, manteve durante anos tertúlias que fizeram fama em toda a Europa. O casamento não lhe transtornou a vida, porque entre Deus e o amor não reconheço nenhum mediador a não ser a minha consciência: o marido "não me fará infeliz, pela simples razão de que não pode contribuir para a minha felicidade".
A quem quiser saber mais sobre a vida desta ditosa senhora, recomendo a leitura do texto de Fátima Bonifácio, As vidas desencontradas do duque de Palmela e de Mme de Stael, compilado no livro Estudos de História Contemporânea de Portugal, ICS, 2007.