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domingo, 14 de outubro de 2007

Eu sabia

Eu sabia que estava cheio de razão quando há dois anos fechei a conta no BCP e depositei as parcas poupanças no Montepio. Banco careiro, com funcionários impossíveis de empatizar que acumulam horas extraordinárias e fazem telefonemas agrestes a clientes por ninharias, com gestores que auferem ordenados obscenos, com uma publicidade massacrante, não merecia os meus tostões. Hoje, fiquei a saber que é uma instituição com duvidoso sentido de humor, que divulga publicamente anedotas susceptíveis de ofender muitos clientes. Os jornais semanários noticiaram o perdão de uma vultuosa dívida a uma empresa de que era accionista o filho de Jardim Gonçalves. Entre 12 a 15 milhões de euros. Para o BCP, e aqui se chega à anedota, o "processo de anulação das dívidas seguiu o procedimento idêntico ao de qualquer outra empresa cliente do banco que entra em situação de dificuldade financeira”. O BCP empresta dinheiro, as empresas entram em falência, e o BCP, filantrópico, generoso, compreensivo, cristão, qual hipoteca, qual tribunal, perdoa as dívidas e oferece um jantar. Primeiro, ri-se. Depois, muda-se de banco.