Os editores estão reunidos em Congresso: isto é, põem a conversa em dia, suspiram aspirações, pedincham apoios públicos, malham em deficiências. Leio no
Público que se queixam de não existirem estatísticas fiáveis sobre o sector, carência que lhes complica um pouco a vida.
Por não saberem os nossos editores, por exemplo, quantos livros anual e mensalmente se publicam, pode acontecer a editora do senhor António publicar uma obra que a editora da senhora Amélia lançou no mercado há três anos.
Não haver estatísticas é um bocadinho aberrante : o Instituto Nacional de Estatística é há muito tempo um dos melhores serviços da nossa Administração Pública; o IPLB tem a missão de apoiar o sector, financiando a publicação de autores portugueses e de autores lusófonos, salvando da falência algumas editoras; as associações corporativas do mundo livreiro podem sem dificuldade produzir essa informação. Por isso fica a pergunta: quem são os responsáveis pela inexistência das comezinhas estatísticas ?