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quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Breve relato de um dia bem passado

Tive um dia proveitoso. Alimentar o espírito, esclarecer assuntos administrativos, passear por Lisboa. Para provocar alguma inveja, aí vai o resumo das actividades:

10.30-13 h : Instituto de Ciências Sociais - aproveitei os descontos de 50%, para uma proveitosa compra de vários números da revista Análise Social e de livros editados pelo ICS. Na biblioteca, alegrar-me com a eficiência e a simpatia da Marisa, seleccionar e reproduzir alguns textos de Marcello Caetano, a editar em 2007;

14.oo-14.30 h : Frustrada tentativa de acertar o arrendamento de um imóvel: os escritórios da empresa imobiliária estavam estranhamente vazios;

15.00- 16.00 h - Visita à livraria Bucholz, uma das melhores de Lisboa, sempre cheia de livros estrangeiros. Se o livro que deseja foi publicado em Adis Abeba, a Bucholz encomenda-o da Etiópia. Como esperava, não resisti aos livros da Bucholz e, entre outros, trouxe um estudo sobre o corporativismo português feito por um historiador brasileiro;

16.00-16.30 h - Lanche e vagarosa descida da Avenida da Liberdade. Lojas que não são para o meu fraco bolso: um fabuloso sobretudo da Hugo Boss a 500 euros, estrangeiros para cima e para baixo, vistosas portuguesas muito bem vestidas;

17.00-17.40 - Visita ao atendimento geral da Inspecção Geral das Actividades Culturais no Palácio da Independência. Porque havia fila e apenas dois funcionários, e o vigilante, um simpático e matulão moreno, me despertou a curiosidade, dei um pulo a uma sex shop vizinha. O mau gosto do vermelho e do plástico, os reformados e a oferta do costume: objectos de todos os tamanhos para pessoas solitárias, roupa interior capaz de transtornar um jesuíta, revistas e filmes para todos os gostos. Pela primeira vez na vida fechei-me numa cabine e introduzi 2 euros na ranhura. O ecrã destapou-se e apareceu uma moça, morena e magra, a contorcer-se numa cama redonda, tocando-se e fazendo caretas. Observei-a com atenção e, como esperava, sem excitação: parecia enfadada e saturada do seu ofício, e não era moça de fazer parar o trânsito. Foram 3 minutos que valeram pela absoluta novidade da experiência e pela confirmação desta minha ideia: a nudez apetecível é aquela que é por nós provocada, agentes e não espectadores.
De volta ao IGAC, conheci o Pedro, que me atendeu, também formado em História e que também já elaborou uma Portaria de gestão documental. Simpatizámos e disse-me o Pedro que o registo das obras não é obrigatório - custa 25 euros - mas é muito conveniente juridicamente. Era o que precisava saber, Pedro.

Fim