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segunda-feira, 5 de março de 2007

Portas

Paulo Portas quer regressar à presidência do CDS/PP e aspira liderar a oposição ao Governo. Os excessos dos tempos do Independente tornam-no intragável a muitos mas não anulam as qualidades perenes: é imbatível na oratória, é inteligente, é competente, é ambicioso, tem sentido de estado, incomoda-o este Portugal com tanto para melhorar. E tal como Sócrates, também sabe cativar e conquistar as simpatias dos jornalistas. Tem, contudo, um problema que parece irremediável: Portas é maior que o seu Partido e nunca o PP terá mais votos que o PSD, por maior que seja a divisão e a desorientação deste: em Portugal vota-se porque se gosta da cara de fulano e se detesta beltrano, vota-se por fidelidade a símbolos e ficções, e são poucos os que se dão ao luxo de votar comparando governações ou examinando ideologias e propostas.
No PP Portas poderá liderar a oposição, demolir a arrogância do Primeiro Ministro, demonstrar a insuficiência dos remendos que são vendidos como reformas, envergonhar a vaidosa associação de medíocres que é o PS.
Mas nunca vencerá as eleições legislativas. E nunca chegará a Primeiro Ministro. Lamentavelmente.