Está a ser cozinhado o novo Estatuto do Aluno. Tem como novidade o fim das reprovações por excessos de faltas. Justificadas ou injustificadas, as faltas apenas terão como consequência a realização de "provas de recuperação". Teoricamente, isto alivia as turmas da indisciplina dos selvagens que não querem aprender e poupa os nervos dos professores. Na prática, declara a superfluidade do professor e, como diz VPV, "proclama oficialmente que o ensino é inútil". Não me indigna que os burocratas do Ministério e os membros do Governo favoreçam os ineptos, humilhem os professores e prejudiquem o País. Há muito tempo que o fazem, sem qualquer remorso. O que me indigna, o que é odioso e criminoso, é que este programa de ignorância e irresponsabilidade, custe, de acordo com a proposta do Orçamento de Estado de 2008, 4.897.968.141 euros. Sim, quase cinco mil milhões de euros para gastar com as escolas do ensino básico e secundário, onde cada vez mais se ensina e se aprende menos.