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terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Feliz ignorância

Pessoa, às vezes, incomodava-se com os outros, "que não são para nós mais que paisagem". Com malícia, talvez com secreta inveja, o ajudante de guarda-livros Bernardo Soares escreveu:

"Irrita-me a felicidade de todos estes homens que não sabem que são infelizes."

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O mesmo Bernardo Soares encetou a possível solução, que a duras penas tento fazer valer na minha própria existência:

"Saber não ter ilusões é absolutamente necessário para se poder ter sonhos. Atingirás assim o ponto supremo da abstenção sonhadora, onde os sentimentos se mesclam, os sentimentos se extravasam, as ideias se interpenetram. Assim como as cores e os sons sabem uns a outros, os ódios sabem a amores, e as coisas concretas a abstractas, e as abstractas a concretas. Quebram-se os laços que, ao mesmo tempo que ligavam tudo, separavam tudo, isolando cada elemento. Tudo se funde e confunde."

10:56 da tarde  

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