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quarta-feira, 6 de setembro de 2006

Tomar partido

Para não destoar da alcateia blogosférica, que muito tem opinado sobre o assunto, impõe-se que escreva duas ou três bagatelas sobre as recentes operações militares praticadas pelo verdadeiramente glorioso exército israelita no Líbano.
A primeira bagatela é que Israel, repetidamente atacado por uma organização terrorista que o Estado libanês não quer, não está autorizado ou não consegue controlar, fez, como é seu costume, o que se impunha, atacando as posições do Hezbollah, matando terroristas e destruindo algum do seu material bélico. Porque tem força militar e legitimidade política, Israel ataca quem o agride.
A segunda bagatela é que Israel foi, como é da praxe, criticado e insultado por muitos europeus, que teimam na sua aversão a Israel e persistem em compreender, desculpar ou apoiar os terroristas islâmicos. Porque são religiosamente anti-americanos e porque Israel e os Estados-Unidos são fiéis aliados, estes europeus, que se acham pacifistas ou justiceiros, que vestem Che Guevara ou tatuam Hitler, organizam manifestações onde se berra a bondade dos palestinianos e se exorta os judeus a darem sempre a outra face. A extrema direita neo-nazi não perdoa aos americanos a sua contribuição para a derrota do nazismo e não perdoa aos judeus terem sobrevivido ao holocausto. A extrema esquerda não perdoa aos americanos terem sido decisivos na derrota do comunismo e não perdoa a Israel o seu sucesso existencial. Estes primos são incorrigíveis.