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quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Vem aí o referendo da treta

O senhor Presidente da República acaba de anunciar a data da realização do referendo sobre o aborto, que a linguagem hipócrita do politicamente correcto suavizou para interrupção voluntária da gravidez. Ou seja, 2007 vai começar mal. A perniciosa extrema esquerda - um dia terei pachorra para sem sucesso requerer a ilegalização dos partidos que sonham com a ditadura do proletarido - e as fossilizadas associações feministas, vão durante algumas semanas intoxicar o País de disparates e absurdos: que as mulheres é que mandam nos seus corpos, que as mulheres têm o direito de não quererem dar à luz e não têm o dever de suportar os fardos da maternidade, que as liberdades individuais exigem o direito ao homícidio de coisinhas minúsculas em gestação. Isto não admira porque a extrema esquerda sempre apreciou massacres, fuzilamentos, campos de concentração; e porque entre a juventude defensora do aborto, imperam os ignorantes, que aceitam bovinamente as enormidades que lhes pregam com o cheirinho sedutor da legitimidade da revolta e dos sagrados direitos individuais.
Porém, como não faltam pessoas que genuínamente acreditam na dignidade da vida humana e que acreditam na importância da responsabilidade individual, que reconhecem e entendem que defender a vida é um imperativo ético de dimensão civilizacional que não deve permitir que as senhoras que engravidam abortem, os defensores da morte, os envenenadores da colectividade que se fazem passar por liberais e modernos, terão a necessária oposição.
O decoro, o bom senso, a gratidão para com quem nos deu a vida, determinam que se seja contra a morte de vidas indefesas. A violação constante da lei não a invalida, antes obriga ao reforço da educação, da vigilância e da repressão. E se muitos abortos ilegais têm sido feitos impunemente, quantos abortos não se evitaram por ser proibido o aborto ?