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domingo, 28 de janeiro de 2007

A paranóia

Há meses que ouço falar nos voos da CIA, voos transportando terroristas e suspeitos de ligações terroristas para bases militares americanas, em especial a de Guantanámo, que hoje, o senhor Amílcar Correia, no editorial do jornal Público, apelida de "hedionda base naval". O jornal cedeu ao histrionismo da senhora deputada Ana Gomes, conhecida pelo seu rude anti-americanismo, pela sua truculência, e pela sua incansável actividade de tentar provar que as autoridades portuguesas sabiam que os voos da CIA transportavam pessoas inocentes.
Como não é tema que me arrebate, ignoro quantos presos estão detidos em Guantanamo, e não me custa admitir que tenha havido alguns lamentáveis episódios de injustiça e de tortura. Mas, como tenho mais confiança na administração norte-americana do que nos deputados portugueses, acredito que em Guantanamo os detidos são alimentados, têm uma cama para dormir, estão autorizados a orar, e não vivem trancados em imundas caves, rodeados de baratas e mergulhados na escuridão. Por isso, chamar "prisão abjecta" a Guantanamo, parece um paranóico excesso de alguém que está no seu direito de tontamente não simpatizar com o Governo dos EUA.