Para que o meu fantasioso harém digital de centenas de devotadas leitoras saiba um pouco de mim, para que tenham a certeza que eu não sou apenas um gajo que consegue a proeza de tratar com decência a língua portuguesa, decidi que é hora de ir revelando coisas que nunca fiz, que nunca me aconteceram. Mesmo sabendo que as imaginárias fregueses não encomendaram o sermão, estou para aqui virado: quero revelar-me. Discreta ou ostensivamente.
Como são tantas as experiências por experimentar, é complicado escolher uma. Sairão aquelas que primeiro me ocorrerem. Às meninas e senhoras pede-se a gentileza de se comoverem ou abismarem. E assim do pé para a mão, ocorre-me que nunca fui sodomizado, que nunca estive em Nova Iorque, que nunca levei uma carga de porrada.