Há precisamente 50 anos começava a revolução da Hungria contra o totalitarismo soviético.
Dez anos de dominação comunista levaram os hungaros à dignidade da revolta, à primeira revolta contra a URSS, que durante uma semana pasmou o mundo e embriagou de esperança quem a viveu. A impotência da Europa ocidental e a indiferença dos EUA convidaram a União Soviética a fazer aquilo que sempre fez com eficácia : a repressão. A repressão brutal das tropas soviéticas terá provocado a morte de aproximadamente 20.000 pessoas. Esses patriotas, esses homens que recusaram o medo paralisante, que lutaram contra a penúria e a subserviência do pacto de Varsóvia, que sonharam com a independência do seu país, que queriam eleições livres e que defendiam a restauração da iniciativa privada, foram hoje solenemente lembrados.