Lanço o repto a quem tem a curiosidade de ler este blog : cultivem os vossos arquivos, não os destruam, pensem que podem ser fontes documentais do futuro. Confiar aos Estado o exclusivo do património arquivístico é mutilante e inseguro, até porque a esmagadora maioria dos arquivos dos actuais organismos públicos encontra-se em deplorável situação que envergonha e compromete o Estado. O individualismo dos dias que correm justifica que estimemos parte dos documentos que produzimos e recebemos. Se atribuímos importância à nossa existência porque haveremos de ignorar os nossos arquivos, que inevitavelmente geramos e que testemunham uma parcela dessa existência? Portanto façam o favor - a vós e à colectividade - de estimar a vossa correspondência, os vossos relatórios, estudos, informações ou planos que entregam na empresa ou no serviço. São documentos que informam sobre a vossa mentalidade, os vossos valores, a vossa competência técnica, as actividades de quem vos paga o salário. Tenham a bondade de pensar dois minutos neste desafio : parece-me pertinente e viável, não acarreta prejuízos e encerra muitas possibilidades benéficas. Já que a biologia não perdoa, perpetuem a vossa memória.