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quinta-feira, 28 de abril de 2005

Abrilada

Houve recentemente o feriado nacional do 25 de Abril. Tive o bom senso de não ouvir os discursos da praxe, de evitar as televisões e a imprensa. Festejar uma revolução causa-me confusão: as revoluções são geralmente destrutivas, vingativas, demagógicas. Evitam-se, combatem-se, lamentam-se. Como dizem que o nosso muito louvado 25 de Abril teve o mérito de recuperar a liberdade para o povo português, é conveniente lembrar que o 25 de Abril provocou o maior saneamento de sempre na administração pública, lembrar que o 25 de Abril forçou milhares de portugueses ao exílio, lembrar os portugueses presos sem culpa formada, que foram ameaçados, insultados, torturados, pelas benignas autoridades revolucionárias de Abril.

domingo, 24 de abril de 2005

Abortos

As esquerdas, que não sabem perder, conseguiram a realização de novo referendo sobre o aborto. Claro que poderá não ser último - haverá tantos referendos quantos forem necessários até que a maioria dos votantes decida que sim, que deve ser permitido a meninas e senhoras abortar em hospitais públicos apenas porque a gravidez lhes não apetece ou lhes não convém. Abundam motivos para se permitir este massacre de inocentes: os nove meses de incomodidades que poderiam prejudicar a carreira, a criança que teria um pai incapaz, a criança que seria o quarto filho, a criança que arruinaria a elegância que custou uma pequena fortuna a recuperar. Claro que perante estes imponentes argumentos, a vida humana, cuja dignidade e importância tanto se exagera, secundariza-se e o aborto acontece.
Nós, aproveitando o debate que poderá ocorrer sobre a vida humana,lançamos a ideia que ingenuamente gostaríamos de ver referendada um dia: devem ou não ser interrompidas as vidas dos maiores de 25 anos que têm a paranóia do comunismo? Devem ou não ser interrompidas as vidas das feministas com mais de 30 anos?