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domingo, 31 de dezembro de 2006

As pernas de 2007



Deliciosa visão. As pernas da esquerda representam a saúde. As pernas do meio, o sucesso profissional. As pernas da direita, o entendimento nas relações pessoais.

Porquê evitar o optimismo

Não sou um gajo optimista. O que não faz de mim um deprimente pessimista. A falta de optimismo não decorre apenas do temperamento ou da elementar observação e participação na realidade. Ser optimista quando todos os dias mortos, acidentes, falências, injustiças e sofrimentos, é ingénuo e até obsceno. E sempre me pareceu que deitar foguetes antes da festa é uma precipitação, é pôr o carro à frente dos bois, é uma fonte de decepções.
Não ser optimista não é acreditar que os projectos vão falhar e que os sonhos são apenas devaneios que consolam. Não ser optimista é ter a cautela de conseguir conceber o pior, é ter presente que é preciso dar o litro para se ser bem sucedido, é saber que manter uma conquista é mais complicado que conquistar. Não ser optimista é preferir as realizações às promessas, é sentir que nunca faremos tudo o que queremos e que nunca seremos como quereríamos ser, é estar consciente que a nossa colossal ignorância só pode ser combatida pela constante fome de aprender. Não ser optimista é ter presente que muitas vezes não compreendemos e não nos compreendem, é lamentar que nos amem quando não amamos, é achar que envelhecemos rapidamente. E não ser optimista é saber que se pudéssemos, estaríamos sempre a adiar o cemitério.

A quem ler este rascunho, votos de um 2007 memorável.

Exacto

Porque somos um País falhado, porque fracassámos económica e socialmente, o que se segue é absolutamente verdadeiro e explica, em parte, o nosso fiasco.

"Ser mediano, em Portugal, merece distinção. Fazer bem é considerado excelente. Cumprir o seu dever é tido como excepcional."

António Barreto, Público, 31-12-2006

D Day


Para todos aqueles que combateram o totalitarismo e ajudaram a libertar a Europa da servidão nazi. Sem a intervenção norte-americana Hitler não teria sido derrotado. Lamentavelmente, os aliados, por imperativos estratégicos e ingenuidade política, enquanto combatiam um ditador, permitiam a ascensão internacional de outro. Vencedor prestigiado, Stalin ocupou depois de terminada a guerra metade da Europa. E novamente os americanos salvaram o Ocidente europeu: aos dólares do plano Marshall juntaram o Pacto do Atlântico Norte.

Sícília


Para quem pensa que o interior da Sicília é árido e triste.

sábado, 30 de dezembro de 2006

Erro

Saddam Hussein foi hoje enforcado. Estava elegante e parecia calmo. Morreu com a altivez possível, o que não deixará de ser admirado pelos seus apoiantes. Impunha-se a prisão perpétua, mas as autoridades iraquianas deixaram-se embalar pelo sentimento de vingança que não lhes trará qualquer vantagem.

Vou comer-te peixinho

Antes de comer o peixinho, o gato ajudou o fotógrafo.

Tadinhas

É uma dor de alma ver estas meninas sem roupas.

Correio


Para o departamento de marketing dos CTT, gigantesca empresa pública que é conveniente privatizar.

Sagesse française

O homem não é besta nem anjo, e por desgraça quem quer ser anjo acaba por ser besta."

Pascal

Sabedoria portuguesa V


"Não interprete o meu silêncio como concordância, ele apenas significa que não quero discordar."

O.S.

Itália


É por estas e por outras que resisto ir a Itália, terra onde é impossível não perder a cabeça: alle belle donne, juntam-se as massas, as igrejas e as lojas.

Manhattan


Para nos babarmos com a imponência americana.

Glória ao vidro


Para quem pensa criar uma empresa que produza vidro.

Liberty



A liberdade não existe. Existem liberdades - condicionadas ou protegidas, estimuladas ou suprimidas. E existe uma estátua impressionante. Icónica. Se os franceses imaginassem a fama mundial que alcançaria, não a teriam oferecido.

Tal e Qual II

"Não é preciso consultar astrólogos nem bruxos para saber que as únicas coisas que os portugueses têm como certas são o aumento dos impostos, o aumento dos preços e a morte."

João Marques dos Santos, Correio da Manhã, 29-12-2006

Trágico e patético

O Estado não consegue, por criminosa demora em accionar uma corriqueira actividade operacional, salvar pescadores do afogamento; mas o Estado entende ser necessário dispender tempo e dinheiro "a regulamentar as dimensões dos cacifos dos alunos nas escolas básicas e secundárias", segundo noticia o jornal Público de hoje. Este Estado português, por mais sistemas informáticos, mercedes e poltronas em pele que possua, por mais simplexes e pomposos planos estratégicos que elabore, continua a ser servido por pessoas que perderam o simples bom senso ou nunca o tiveram. Como diz José Manuel Fernandes com implacável acerto, esta "cultura centralista, regulamentadora e castradora do nosso funcionário público é secular." E, suportada pelos disparates de quem se julga iluminado, "torna-se num patético pesadelo burocrático".

Luz do Sameiro


Ontem morreram seis pescadores ao largo da praia da Légua, perto da Nazaré. Tinham entre 40 e 57 anos, e viviam em Caxinas, Vila do Conde. O helicóptero que conseguiu resgatar o único sobrevivente chegou ao local quase três horas depois do primeiro sinal de alerta. Bombeiros impotentes, familiares desesperados e cidadãos comovidos, chegaram à praia antes do helicóptero e assistiram ao calvário de quatro homens que lutavam pela sua vida.
Depois da queda da ponte de Entre-os-Rios, o Estado português parece voltar a ser o principal responsável pela morte de portugueses que estavam a trabalhar. No inquérito a realizar, o comandante da capitania da Nazaré, Pais Neto, terá de explicar porque demorou quase duas horas a solicitar o socorro aéreo: a capitania recebeu o pedido de socorro da embarcação pelas 7h00 e pediu o helicóptero à Força Aérea às 8h45. A confirmar-se isto, o senhor Pais Neto, por mortífera incompetência, não deve apenas ser destituído do seu cargo e afastado da Marinha. Deve ser condenado a exemplar pena de prisão. O elementar respeito pelos mortos e pelos seus familiares exige-o.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Estado

Os deveres essenciais do Estado são clássicos e intemporais, comuns e partilhados por qualquer razoável forma de organização política e económica. Ao Estado compete a condução da política externa, a prevenção e a repressão da criminalidade, o respeito pela propriedade privada, a defesa militar do território nacional, a fiscalização das actividades económicas.
Quando a iniciativa privada ainda não se mostra capaz de assegurar actividades importantes, quando o Estado se tem, vaidosamente, em muito boa conta, ou quando o Estado não é capaz de tomar decisões impopulares mas necessárias, o Estado é também responsável, por exemplo, pelo fornecimento de cuidados de saúde e de serviços de educação. Claro que um Estado liberal, um Estado que acredita na iniciativa e na responsabilidade individuais, um Estado que apoia e fomenta o associativismo, é um Estado que abdica de ser médico, educador, jornalista ou vendedor de gás. É um Estado que gasta menos e gasta bem, é um Estado sem a gula fiscal que massacra as empresas e os cidadãos, é um Estado sem onerosos tiques paternalistas e exorbitantes devaneios megalómanos. Esse Estado não existe em Portugal, quanto mais não seja porque, bizarra e lamentavelmente, não existe em Portugal um partido liberal, apesar de existirem liberais muito qualificados que aspiram por um Estado que tenha bom senso.
Este intróito ocorreu-me porque acabo de ler, num avalizado artigo do almirante Vieira Matias, publicado no número 22 da revista Atlântico, que nos últimos anos o Estado português tem conseguido, como se impunha, reduzir o quadro do pessoal activo das Forças Armadas: entre 1994 e 2004, "o pessoal foi reduzido em 55%, passando de 83.771 para 37.549. Isto representa um esforço de racionalização das Forças Armadas, que se querem "tecnicamente competentes, adequadamente equipadas e bem moralizadas e disciplinadas, aptas a defender os interesses nacionais".
Isto passa-se com uma função vital do Estado, uma função que não pode ser alugada ou vendida: a defesa militar. E isto leva à seguinte pergunta de retórica: se a tropa foi reduzida a proporções equilibradas, porque não se faz o mesmo com a Educação? Na ausência da ministra, que está em casa a fazer rabanadas, presumo que não se toca na Educação primária e secundária porque os professores e as suas famílias são muitos milhares de votos, tantos que podem decidir uma eleição. E os nossos governantes podem não se preocupar com o futuro dos jovens, mas preocupam-se sempre com as eleições de hoje. Perdem os portugueses cultura, conhecimentos, capacidades para triunfarem nesta economia competitiva e milhões de euros; ganham os políticos as eleiçõeszinhas do seu contentamento.

Injustiça


Uma das inúmeras provas da injustiça do mundo é não virem estas meninas passar o ano novo cá a casa.

Metro


Com música nos ouvidos, um livro nos olhos ou menina(o) para beijar, não faltam vantagens ao metroplitano.

Imitador


Parte importante de qualquer aprendizagem, faz-se por imitação.

Nunca esquecer


Quando se aborrecer com uma contrariedade, quando se entristecer com uma frustração ou um fracasso, lembre-se destes desgraçados homens, que sofreram para além do que podemos imaginar.

Veja


Veja é uma revista semanal brasileira, lida por milhões de pessoas. Ler a Veja é indispensável para conhecer o abc da actualidade brasileira. Como é uma das melhores revistas do mundo, a Veja tem disponível no seu site abundante informação sobre a II Guerra Mundial, na qual o Brasil participou, com tropas que combateram ao lado dos americanos em Itália.

Porque a revista ainda não existia em 1940, a Veja voltou atrás no tempo, e em edições digitais, conseguiu acompanhar, retroactivamente, a devastadora guerra. Segue-se, pois, a reprodução integral da entrevista dada pelo formidável Winston Churchill à Veja, publicada em Junho de 1940, mês em que a Franca pasmou o mundo rendendo-se à Alemanha. A Blitzkrieg parecia invencível, Hitler estava eufórico, julgando que em breve os ingleses pediriam paz. Enganou-se: havia Churchill a liderar uma nação orgulhosa, corajosa, confiante e capaz.


«Nunca houve tanta diferença entre dois inquilinos do número 10 de Downing Street. Até o início do mês passado, a célebre residência dos primeiros-ministros britâncos era ocupada por Neville Chamberlain, o homem que confiou na palavra de Adolf Hitler e anunciou ter conseguido "paz para o mundo" - tolice que já assegurou lugar cativo na antologia da ingenuidade humana. Em 10 de maio, porém, o pato deu lugar ao buldogue. O veterano Winston Spencer Churchill, a quem o Führer se refere como "devorador de alemães", foi apontado pelo rei George VI para liderar o novo governo - e, de quebra, ficou também com o Ministério da Defesa. Aos 65 anos, o carismático político é sem dúvida o homem mais talhado para ambas as funções. Em poucos dias, "Winnie" conseguiu não só unir ferrenhos adversários políticos num governo de coalizão como também, por meio de seus discursos arrebatadores, motivou toda a nação a engajar-se na chamada Batalha da Inglaterra. Nesta entrevista a VEJA, Churchill afirma ter certeza da vitória na guerra - segundo ele, travada por um ideal acima de tudo. "Lutamos para salvar o mundo da pestilência da tirania nazista, fascista e comunista, e em defesa de tudo aquilo que é mais sagrado para o homem."

"Sem a vitória não haverá a sobrevivência. Estou certo:a nossa causa não perecerá."

VEJA - Polônia, Noruega, Bélgica, Holanda e França já sucumbiram à fantástica máquina de guerra alemã. A Grã-Bretanha será a próxima?

Churchill - Não. É certo que temos diante de nós uma provação das mais dolorosas, longos e longos meses de luta e sofrimento. Mas se você me perguntar qual é o nosso objetivo e nossa esperança, eu posso responder em uma palavra: vitória. Vitória, custe o que custar, apesar de todo o terror; vitória, não importa quão longa e pedregosa seja a estrada. Porque, sem vitória, não haverá sobrevivência. Tenho certeza que nossa causa não perecerá entre os homens. Neste momento, me sinto na obrigação de pedir apoio a toda a população, e dizer, "é agora, vamos em frente, unidos em toda nossa força".

VEJA - Seus discursos estão sem dúvida unindo o povo, mas alguns especialistas não sabem até que ponto a população está pronta para a guerra na ilha. Quais as medidas que estão sendo tomadas para preparar a nação para a chamada Batalha da Inglaterra?

Churchill - Não podemos nos esquecer que, a partir do momento que declaramos guerra, em setembro do ano passado, sempre foi possível que a Alemanha direcionasse sua força aérea para nosso país, junto com outros mecanismos de invasão que ela pudesse conceber. Portanto, temos vivido sob esse perigo durante todos esses meses - claro, de uma forma diferente. Nesse meio tempo, já melhoramos nossos métodos de defesa, especialmente na parte aérea, pois o piloto britânico tem uma superioridade definitiva e incontestável. Analisando o cenário com neutralidade, eu vejo motivos para intensa vigilância e esforço, mas não para pânico ou desespero, de forma alguma.

"Lutamos para tirar do mundo a pestilência da tirania nazista, defendendo tudo que é sagrado."

VEJA - Mas há motivo para confiança na vitória?

Churchill - Acredito que nossos cidadãos se mostrarão capazes de encarar o inimigo, como os bravos homens de Barcelona, e continuarão sua vida apesar das ameaças - no mínimo da mesma forma que qualquer outra nação no mundo. Isso será de vital importância; cada homem e cada mulher terá a chance de mostrar as melhores qualidades de sua raça, e prestar o maior serviço a sua causa.

VEJA - Nesse cenário, qual a importância do êxito da Operação Dínamo, popularmente conhecida como a Retirada de Dunquerque, para a afirmação militar e moral dos britânicos?

Churchill - Fundamental. Dunquerque foi um grande teste entre as forças aéreas britânicas e alemãs. Você consegue conceber um objetivo maior para os aviões germânicos do que tornar a evacuação daquelas praias impossível e afundar aqueles navios que chegavam aos milhares para o resgate? Eles tentaram, mas foram repelidos, tiveram seus planos frustrados. Nós conseguimos retirar nosso exército, e eles pagaram quadruplicado por cada perda que nos infligiram. Claro que esse triunfo não pode nos cegar para o fato de que o que aconteceu na França e na Bélgica foi um colossal desastre militar. Mas ele nos dará mais forças para lutar contra o nazismo. Certa vez, disseram a Napoleão: "Há muitas ervas daninhas na Inglaterra." Bem, certamente agora há ainda mais, com o retorno da Força Expedicionária Britânica para casa.

VEJA - Discursos à parte, em que pé está, realmente, a Grã-Bretanha na guerra?

Churchill - Bem, podemos nos perguntar: de que forma nossa posição piorou desde o início da guerra? Piorou pelo fato que os alemães tomaram grande parte do litoral da Europa ocidental, e alguns países pequenos foram conquistados por eles. Isso agrava a possibilidade de ataques aéreos, além de causar maior preocupação à nossa Marinha. Mas isso não diminui a força de nosso bloqueio de longa distância. Pelo contrário, definitivamente aumenta esse poder. Da mesma forma, a entrada da Itália na guerra aumenta o poder dos bloqueios, porque com ele controlamos a possibilidade de qualquer infiltração. Com a resistência militar na França chegando ao fim, claro que os alemães estarão aptos a concentrar suas forças, tanto militares quanto industriais, contra nós. Mas, como eu disse na Câmara dos Comuns, eles verão que não será fácil. Se a invasão está se tornando mais iminente, o que sem dúvida esta acontecendo, nós, livres da tarefa de manter um grande contingente na França, temos de longe mais e melhores forças para encarar o inimigo.

VEJA - Por falar em inimigo, o que o senhor tem a dizer sobre Hitler, Stalin e Mussolini e as ideologias que eles representam?

Churchill - Estamos engajados numa guerra contra a tirania de Hitler, uma tirania monstruosa, jamais ultrapassada no sombrio e lamentável catálogo de crimes contra a humanidade. Estamos engajados em uma guerra contra o comunismo de Stalin, um comunismo que, como todos podem ver, apodrece a alma de uma nação, fazendo-a abjeta na paz e abominável na guerra. Estamos lutando para salvar o mundo da pestilência da tirania nazista, fascista e comunista, e em defesa de tudo aquilo que é mais sagrado para o homem. É sempre conveniente recordar que a guerra que travamos não é uma guerra por domínio territorial ou ganho material; não é uma guerra para roubar a luz do sol e as formas de progresso de um país. É uma guerra, vista em sua característica mais inerente, para solidificar, em pedras inexpugnáveis, os direitos individuais, e para estabelecer definitivamente a magnitude do homem.

"Chegará o diaem que os sinos do júbilo tocarão de novo por toda a Europa. É uma busca pelo bem."

VEJA - Entretanto, a Câmara dos Comuns britânica, desde o início da guerra, votou dezenas de emendas que cercearam diversas liberdades individuais, transferindo-as para o Executivo.

Churchill - Sim, pode parecer um paradoxo o fato de que uma guerra lavrada em nome da liberdade e dos direitos tenha de requerer, como parte de seu processo, a renúncia temporária de tantas liberdades e direitos. Mas temos certeza de que essas liberdades estarão em mãos que não abusarão delas, que não a usarão com propósitos de classe ou partido. Essas mãos devem valorizá-las e guardá-las cuidadosamente. Estamos ansiosos para que chegue logo o dia em que nossas liberdades e direitos nos sejam devolvidos. E quando, também, poderemos dividi-los com os povos para quem essas bênçãos são desconhecidas.

VEJA - Fora da Grã-Bretanha, especialmente nos países da Europa continental, há um enorme sentimento de derrotismo, e até mesmo de irreversibilidade dos acontecimentos. Muita gente acredita que essas liberdades e direitos que o senhor menciona jamais serão recuperados. Enfim, a Europa está desiludida. É possível reverter esse cenário?

Churchill - Naturalmente. Mais uma vez, digo que não podemos subestimar a gravidade e a dificuldade dessa tarefa que temos pela frente. Podemos esperar muitos desapontamentos e muitas surpresas desagradáveis. Mas tenho certeza que a tarefa que aceitamos por livre e espontânea vontade não está além da força e do alcance do Império Britânico. Estamos decididos a não retroceder nem desviar do caminho nessa busca pelo bem comum. Exorto as cidades de Praga, de Varsóvia, de Viena, de Paris a banirem o desengano mesmo no ápice de sua agonia. Sua libertação é certa. Chegará o dia em que os sinos do júbilo tocarão de novo pela Europa. Um dia em que nações vitoriosas, mestras não apenas de seus inimigos mas de si próprias, planejarão e construirão, alicerçadas na justiça, na tradição e na liberdade, uma mansão de muitos cômodos, onde haverá espaço para todos.»

O site da Veja é http://vejaonline.abril.uol.com.br/

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

Hannah

" Les êtres humains...les êtres les plus fragiles et les plus futiles que l´on connaisse."

Hannah Arendt, Between Past and Future

Não

"Abortar por opção sabendo que já bate um coração? Não, obrigada."

Voadores

Café com beijo

É assim que devemos sair de 2006 e entrar em 2007.

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Ressaca de Natal


Abusaram do vinho e do uísque e quase não tocaram no bacalhau e no polvo. Garotices tardias.

Gigantic flag

Time

Um ilustre português na capa da famosa Time.

Time, 22 de Julho de 1946.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

O salto



Estas meninas baldaram-se ao almoço de Natal e decidiram ir gozar para o rio. Um salto orgásmico, um salto de fazer inveja, um salto que não se esquece. Lindas meninas.

Descanso nas alturas


Para quem tem medo das alturas e não se aproxima de uma janela, uma imagem que lembra e louva todos aqueles que, corajosamente, ganham a vida a construir prédios e pontes. Admiráveis operários.

Beber

Para quem não dispensa a cerveja no verão e se acha capaz de muito beber.

Cabeleiras


Para quem julga que precisa de cortar o cabelo.

Mais uma menina sem frio

Eu hoje estou muito sensível à beleza das raparigas. Eis mais uma menina sem frio. E solitária (o fotógrafo é como se não estivesse l

O primeiro beijo


Quem ainda se lembra do seu primeiro beijo ?

Meninas


Estes mimos costumam agradar aos homens, que, não raramente, sonham ser o terceiro elemento.

American Red Cross


A quem gosta de ajudar quem precisa, a quem não é indiferente ao sofrimento dos outros, a quem tem saudável veia filantropa, recomendo a visita à pagina WEB da Cruz Vermelha dos EUA : uma organização notável.

http://www.redcross.org

É fácil

Afinal, é fácil viver, proveitosamente, sem televisão em casa. Basta ter uma razoável biblioteca, um computador com acesso à Internet e um telefone de bolso. E uma pessoa até esquece a existência da caixinha embrutecedora e venenosa.

Patinha humanizada

Belezas asiáticas


Confesso que tenho um fraquinho por mulheres de origem asiática. A beleza e a elegância parecem quase instintivas. Têm energia para dar e vender, e conhecem os sacrifícios impostos pelas necessidades familiares. Dão à luz, trabalham e encantam.

Quero um cacto


Gosto de cactos. São estóicos: frugais e resistentes, não precisam de mimos e de água todas as semanas. São de uma beleza simples e podem ser imponentes, como estes. Qualquer um deles ficaria tão bem na minha sala.

M.M.

Guimarães


Para a Ni, a Li, o Gabi e a Sandra, que vivem em Guimarães, a nossa jóia da coroa, a nossa pérola do norte, merecidamente classificada como património mundial. Para quem gosta de viver em Lisboa ou Porto, Guimarães em permanência seria um retrocesso. Mas para um prolongado fim-de-semana a dois, Guimarãres é maravilhoso destino, se incluir demorados pequenos-almoços ou lanches no soalheiro largo da Oliveira.

Ossos


Sempre que vou a Évora e penso é tempo de ir ver a famosa Capela dos Ossos, defraudo-me. A igreja sempre encerrada, a monumental ossaria inacessível. E penso, a crença cristã da ressurreição da carne é tão absurda e sinistra.

Todas juntas

domingo, 24 de dezembro de 2006

Humilhação e prejuízo

É preferível quase não comentar a frase que se segue. Basta dizer que há coisas que já não se alteram por muitos projectos e programas e reformas que se elaborem nos gabinetes. Depois da descolonização, esta é uma das provas da maior desgraça portuguesa em curso - o calamitoso ensino público.
Se tiver dinheiro e se se preocupa com o presente e com o futuro dos seus descendentes, não hesite: escolha o ensino privado, escolha um colégio, jesuíta ou laico.

"Ao fim de 12 anos, os alunos não sabem regras ortográficas."

Inês Duarte, uma das autoras do TLEBS, Público, 24-12-2006

Comboios


Os comboios são uma das muitas proezas da Humanidade. Comboios para sempre!

Pena de morte


Este blogue é contra a pena de morte. A tentação do enforcamento e da injecção é compreensível. Não faltam cruéis bandidos que tanto mataram que merecem morrer. Mas o Estado perde alguma da sua legitimidade moral quando mata em resultado de uma sentença. Quando assina uma sentença de morte, o Estado coloca-se ao nível do homicida que julgou e condenou, porque mata e porque contraria o seu postulado de valorizar e de proteger a vida humana. Como o Estado não deve matar, advoga-se a prisão perpétua: não se recuperam os que foram assassinados, mas sofre o assassino.

Industrial America

Turquia na UE ?

A Turquia não reúne condições para aderir à União Europeia. Não apenas porque turcos e gregos teimam em se detestar ou porque os turcos sentem nostalgia pelo desaparecido Império Otomano. A Turquia não pode pertencer à UE sobretudo porque reprime com brutal violência a cultura curda e porque a luta contra o terrorismo não pode tolerar dezenas de milhões de muçulmanos a circular livremente pela União Europeia. E porque apenas uma pequeníssima parcela do território turco pertence ao continente europeu. A UE adora inventar, mas convém que tenha o bom senso de não manipular a geografia.

Goya



Os espanhóis também sofreram na pele o imperialismo napoleónico. E também lutaram com bravura contra os invasores. Goya imortalizou o sangue vertido, o patriotismo corajoso dos que preferiram a morte à rendição. Arriba España!

A caçada

Esta caça é extenuante, difícil, dolorosa e cara. Mas não pode parar. Para que os terroristas não aterrorizem, têm que ser convertidos, presos ou mortos.

In God we trust

Cartoon

Porquinhos


Na China comem-se diariamente perto de 2 milhões de porcos. O número é descomunal, mas não podemos esquecer que existem 1.300.000.000 de chineses. E se os chineses não fossem essencialmente frugais, o número de porquinhos devorados seria ainda maior. Pragmáticos, os chineses não alinham em absurdas proibições gastronómicas e comem quase tudo o que respira.

Celestino está certo

Celestino Flórido Quaresma é um senhor que tem um nome infeliz, coisa que não o impediu de pensar e ter opiniões. Não sei qual a idade ou a profissão de Celestino, mas sei que as palavras que se seguem estão certas e merecem transcrição.

"Portugal ainda está preso a uma mentalidade de ignorância, de ileteracia, de isolamento, de débil capacidade de liderança, de desejo de trabaljar por conta de outrém. Para a grande maioria dos jovens, o único objectivo é ter emprego e receber um vencimento ao fim do mês. Sem nenhum entusiasmo, sem nenhuma apetência para criar a sua própria ocupação, geradora de riqueza."
Lembra Celestino o vergonhoso fracasso do sistema de ensino abrilista, porque "temos hoje excesso de licenciados em coisa nenhuma. Que nem, ao menos, trazem cultura geral. Que têm, no fim do curso, a sensação de uma total inutilidade." Porque a realidade não se reduz ao laxismo e às festas das universidades, e a economia competitiva não se compadece com a mediocridade profissional, actualmente "quem avalia o valor das pesoas, o seu saber e a sua competência é o mercado de trabalho."
Depois de diagnosticar e criticar, Celestino sugere e afirma que é "urgente levar o rigor, a exigência e o culto do saber a todos os graus de ensino. Promover o culto da pontualidade. Promover o respeito pelo tempo, porque o tempo é um bem escasso e, por isso, é fundamental e precioso. É importante que os jovens se habituem a pensar e a lançar as suas ideias, a sugerir novos processos de trabalho e de relacionamento entre as pessoas no ambiente de trabalho, a lutar contra contra dificuldades de toda a ordem. A lutar pelas soluções e pelos rumos em que se acredita. A serem ambiciosos e exigentes consigo mesmos e com os outros. A inovação e o empreendedorismo só resultam em sucesso com muito trabalho, muito esforço e muita persistência. E tudo isto com entusiasmo, com boa disposição e com bom humor, quer a trabalhar por conta de outrém quer na criação do seu próprio trabalho. Só é inovador e empreendedor quem gosta do que faz, quem tem entusiasmo e anda bem disposto. É assim que se tem êxito profissional."

P.S. - Ni, Carla, Iris: meditem nestas palavras sensatas. E não continuem a desperdiçar a vossa idade atoladas no conformismo, na melancolia, no queixume. Troquem o cinzento pelo arco-iris. Acreditem, empolguem-se e aproveitem a inteligência.

sábado, 23 de dezembro de 2006

Esbanjar o dinheiro dos contribuintes não é infracção nem crime

O governo do meu amigo Guterres portou-se como se tivesse ganho o Euromilhões e gastou-o como se esperasse ganhá-lo de 15 em 15 dias".

Miguel Beleza, Notícias Sábado, 23-12-2006

Gastou o governo do tal senhor mais do que tinha e mais do que devia. Tantos gastos, tanto esbanjamento, prejudicaram o Estado, as empresas, os cidadãos. Milhões de prejudicados e milhões de défice orçamental. E os responsáveis governamentais deste desastre financeiro abandonaram as suas funções a ladrar fizemos o que pudemos, fizemos em obediência aos nossos valores, fizemos porque tínhamos boas intenções e bla bla bla bla. Prejudicaram o País e não foram, civil ou criminalmente, responsabilizados. Como eles, outros políticos de duvidosa moralidade e provada incompetência, se sucederão a prejudicar impunemente os portugueses.
Quando se pensa com seriedade estes assuntos, sente-se repugnância por esta III República e pergunta-se que mal fizeram os portugueses para serem tão mal governados desde o 25 de Abril ?

Goethe, o alemão genial

Goethe, que nasceu a 28 de Agosto, escreveu um romance bonito chamado Afinidades Electivas, cuja leitura recomendo. E filosofou, porque tinha temperamento e inteligência para filosofar. As frases que se seguem provam-no soberba e deliciosamente. Merecem reflexão. E são a prendinha de Natal deste blogue. Goethe, Goethe, imortal, superior e maravilhoso Goethe!!!

- Na verdade só sabemos quão pouco sabemos - com o saber nasce a dúvida.

- A ingratidão é sempre uma forma de fraqueza.

- O mundo da moral empírica é feito, na maior parte, de inveja e má-vontade.

- Quem não tem muita consideração por si mesmo é muito maior do que crê.

- É uma exigência da Natureza que o homem, de vez em quando, se anestesie sem dormir. Daí o gosto de fumar tabaco, beber aguardente ou fumar ópio.

- Qual o melhor dos governos? Aquele que nos ensina a governar-nos a nós mesmos.

- A primeira coisa que se exige do génio é o amor da verdade.

- O melhor que temos da História é o entusiasmo que ela suscita.

- Não é suficiente saber: deve-se também aplicar. Não é suficiente querer: deve-se também fazer.

- É melhor que haja injustiças que suprimi-las de maneira injusta.

- O homem não se dá conta das pessoas a não ser daquelas por quem sofre. Para passar despercebido, seria apenas necessário não ser causa de dor para ninguém.

- Quando dois seres humanos estão perfeitamente contentes um com o outro, podemos assegurar-nos as mais das vezes que eles se enganam.

- Do mérito exige-se modéstia.

- Cada um ouve apenas o que entende.

- Toda a vida consiste em querer e não consumar, consumar e não querer.

- Não há como a arte para alguém se retirar seguradamente do mundo. E para nos reconciliarmos com o mundo nada como a arte.

- Quanto mais não egoísta é uma pessoa tanto mais fica sujeito aos egoístas.

- É insensato: aquele que ensina os tontos, que contradiz os sábios, que se deixa levar por palavras vãs, que acredita em meretrizes, que confia segredos em pessoas indignas de confiança.

Meninos ao sol

Menina sem frio

Helena

Helena é um nome bonito. A Helena de Lisboa é uma arquivista notável. E a Helena do Porto uma magistrada caústica. São, para meu contentamento e proveito, minhas amigas. A Helena Matos ainda não conheço pessoalmente. Leio-a, porque escreve no Público ao sábado.
O seu texto desta semana, estimulante como quase todos, intitula-se As ocorrências e os crimes, e discorre sobre o duplo comportamento das forças de segurança do Estado perante o aumento, que parece imparável - da criminalidade em Portugal.
Se o crime é contra o Estado - burlas fiscais, violação de obtusas normatividades europeístas, tráfico de droga, por exemplo - o Estado ataca, quase sem entraves administrativos, com eficácia fulminante, ao ponto da muito activa Autoridade de Segurança Alimentar e Económica estar a ganhar a fama de PIDE entre os comerciantes. Porém, a atitude das autoridades é outra se as vítimas são os portugueses e não o Estado. Se os prejudicados sou eu e a leitora, as polícias perdem o zelo repressivo e lidam preguiçosas e conformadas connosco: há cerca de um mês apresentei queixa numa esquadra da PSP contra uma senhora que gostou tanto de me ter em sua casa durante alguns dias que se esqueceu de me devolver os bens que lá deixei; e até agora ainda nada me foi comunicado. E se a sua vizinha é regularmente espancada pelo marido, os agentes da ordem registam a ocorrência e o tribunal consente que a violência continue.
Com diz Helena Matos com total acerto, os "crimes que afectam a vida dos cidadãos como a violência doméstica ou a deliquência urbana transformaram-se em ocorrências. Às vítimas não só se exige que se comportem com o desprendimento de quem foi convidado a participar numa experiência sociológica, como ainda se parte do pressuposto da sua absoluta má-fé."
E nós, que trabalhamos, que não roubamos, que não insultamos, que não agredimos, que cumprimos as nossas obrigações fiscais, temos que lidar com a negligência e o desinteresse do Estado e a ousadia dos criminosos. Porque os cidadãos "estão reduzidos e domesticados na sua condição de contribuintes. E é nessa vertente que o Estado os reprime, os procura e se interessa por eles. Quanto ao resto, aos costumes disse nada." Com isto, crescem o cinismo e a ilegitimidade deste Estado, e perdem os cidadãos, confiança e segurança.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Pai Natal

Exmo Pai Natal

Confesso estar saturado desse traje que lembra um repulsivo clube de futebol e dessa mania grosseira de entrares em casa alheia pela chaminé: pareces lampião e não respeitas a propriedade privada.
Além destes defeitos que prejudicam irremediavelmente a nossa relação, tens ainda a presunção megalómana de distribuir prendas pelo mundo inteiro ao mesmo tempo. O que não é honesto, porque a ubiquidade, apesar do TGV e dos aviões que cavalgam velocissímos o céu, não é possível e porque a omnipresença é impartilhável atributo de Deus.
Não te cravarei prendinhas, como é evidente. Apenas farei o registo dos meus desejos para 2007. A sua concretização não depende de ti, já que para mim és uma falácia que envergonha a Finlândia, país de maravilhosas loiras que falam uma língua horrível e que deveriam vir a Portugal beber chá comigo.

Desejos pessoais do blogue para 2007

- Saúde, para mim e para todos aqueles que têm o meu amor, a minha amizade, a minha simpatia;

- Vender alguns milhares de livros e facturar 100.000 euros;

- Concluir o ensaio sobre o anticomunismo de Salazar e a investigação sobre Angola;

- Experimentar as delícias e as torturas da vida a dois;

- Visitar Paris, Florença e Nova Iorque;

- Vibrar loucamente com o milagre do Sporting campeão;

- Ouvir empolgado o milagre de um novo disco dos Pixies;

- Enlevar-me com o milagre da nova aparição da Virgem;

- Diminuição do IVA para 10%;

- Extinção ou proibição dos partidos comunistas e afins;

- Nomeação de Paulo Portas como Primeiro-Ministro;

- Eleição de autarcas espanhóis, ingleses, suecos e austríacos para as câmaras municipais;

- Prisão perpétua para todos os responsáveis directos pela"descolonização";

- Promoção do exílio ou emigração dos 500.000 portugueses que não interessam a ninguém;

- Promoção da imigração de 500.000 brasileiros, chineses, ucranianos e espanhóis;

- Aplicação de multas a todos os licenciados que maltratam a língua portuguesa;

- Criação do Dia da Gastronomia Portuguesa, obviamente feriado;

- Fixação de 42 horas semanais de trabalho para o pessoal da Administração Pública;

- Reintegração de Cabo Verde, São Tomé e Timor na República Portuguesa;

- Redução substancial do número de funcionários públicos;

- Privatização do ensino primário e secundário;

- Encerramento de todas as maternidades, para que todos possam ter a benéfica possibilidade de nascer no estrangeiro;

- Aumento de 500% das portagens da ponte Salazar;

- Construção de mais uma ponte sobre o Douro no Porto;

- Aumento de 100% das exportações das empresas portuguesas;

- Tributação séria dos lucros da banca;

- Legalização da produção, do comércio e do consumo de estupefacientes;

- Acesso aos medicamentos sem a intermediação paternalista dos médicos;

- Arquivamento das megalomanias do TGV e da Ota;

- Incremento do restauro dos imóveis degradados em Lisboa;

- Demolição de Chelas;

- Demolição das centenas de mamarrachos que embelezam as cidades portuguesas;

- Vitória do Não no referendo sobre o aborto;

- Falência das pirosas TVI e Caras;

- Eleição, merecida, de Lili Caneças como Misse Universo;

- Atribuição do Nobel da Literatura a Lobo Antunes ou Agustina Bessa-Luís;

- Abertura de lojas da Massimo Dutti em todas as capitais de distrito;

- Abertura de livrarias-cafetarias em todas as sedes de concelho;

- Produção de teatro e cinema portugueses sem subsídios;

E como agora tenho que sair, fico-me por aqui Pai Natal. Se te pedisse estas prendinhas para o natal de 2008, estarias arrumado. Eu estaria fodido, se fizesse depender o meu bem-estar da concretização da grande maioria destes desejos. E Portugal seria um País mais forte, mais produtivo, mais próspero e mais alegre, se quase tudo isto acontecesse.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Nova Iorque



Se o planeta tem uma capital, ela é Nova Iorque. Não podemos morrer sem conhecer Nova Iorque: seria uma ignorância imperdoável, um desperdício estúpido, um crime contra a vida. God bless New York.

Dormir é muito bom, é muito bom

Quando Morfeu ataca, quando os olhos teimam em se fechar, não se resiste: dorme-se. E precisamos tanto de dormir, que dormimos em qualquer lugar.