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terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Barcos








O Tejo continua navegado: cargueiros e cacilheiros, rebocadores e paquetes, navios de guerra e veleiros. Outros havia que desapareceram.

Kennedy e Salazar




The White House,
27/8/1963
Dear Mr. Prime Minister

I great appreciate your willingness to receive Mr. George Ball for extended discussions on matters of mutual concern to our two countries. Mr. Ball has my complete confidence. He is prepared to discuss all questions between our two countries and will report directly to me. You may speek as freely, fully, and candidly to him as you would to me, and i have asked him to do the same in my behalf. I recognize that our countries each face complicated problems and that our interests may not always be identical. However, i hope that by careful exploration in a spirit of friendship we can arrive at a larger common understanding.
Sincerely

Jonh F. Kennedy
**********
Lisboa,
7/9/1963

Senhor Presidente
Agradeço a Vossa Excelência a amabilidade da sua carta de 27 do passado mês de Agosto e ao mesmo tempo a atenção de ter enviado a Lisboa, como seu representante, o Sr. G. Ball, para discutir com o Governo português questões em aberto entre os nossos dois países. Penso ter sido de grande utilidade poder-se falar tão franca e lealmente como fizemos com a liberdade que Vossa Excelência se dignou dar ao seu Enviado e a mim próprio. Creia, Senhor Presidente, que nenhum de nós escondeu o seu pensamento ou quis de qualquer forma ocultar o seu modo ver. Encontramo-nos em face de questões muito complicadas e difíceis, mas ocuparmo-nos delas tão abertamente e em espírito de amizade, só pode ter contribuído para que achemos um caminho de boa cooperação que foi a situação do passado. Nada nos seria mais grato do que ir reduzindo as diferenças que nos separam e poder salvaguardar num lato entendimento os nossos interesses comuns.
Com a mais subida consideração, de Vossa Excelência, sinceramente
Oliveira Salazar

Alberto João Jardim

Este blogue tem genérica e justificada repulsa pela classe política portuguesa. Talvez não seja tão danosa quanto a da I República, mas está fora de dúvida o seguinte: a grande maioria dos nossos eleitos, deputados e pessoal municipal, disponibilizaram-se para a política porque a política garante trabalho fácil pela vida fora, porque a política garante rentáveis negócios e engorda quase sem esforço as contas bancárias.
No meio desta multidão de chicos-espertos - que berram propostas demagógicas, que mentem aos eleitores, que obedecem cegamente à disciplina partidária, que são incapazes de produzir um qualquer estudo digno desse nome, que passeiam a sua vaidade pelo Parlamento, que toleram o laxismo dos serviços municipais, que desperdiçam dinheiros públicos com a facilidade de quem bebe um chá - alguns existem que se destacam porque têm obra feita que os eleva.
Alberto João Jardim é um deles. Por vezes exagera e excede-se na linguagem. Tem um estilo de comunicação característico, insusceptível de ser adaptado aos gostos do jornalismo esquerdista de Lisboa. Há mais de 30 na Presidência do Governo Autónomo da Madeira, Jardim mudou para melhor a Madeira. A Madeira não perdeu as suas raízes e não abandonou as suas tradições. Tem uma identidade que se alimenta do orgulho, que conservou o que tinha de válido a conservar e que conseguiu modernizar-se. Aproveitou os subsídios da Europa para construir e renovar infra-estruturas, para escolas, hospitais e bibliotecas, para restaurar o património. Tem uma política de turismo bem sucedida que o continente deveria aproveitar.
Jardim é atacado e por muita gente detestado em Lisboa, porque acumula uma impressionante série de vitórias eleitorais, e porque nunca teve medo das esquerdas, porque nunca a elas se curvou, porque nunca lhes pediu desculpa ou facilitou a vida, porque sempre as combateu e denunciou. Governante competente e lutador incansável, Jardim é uma das grandes referências da direita portuguesa.
Segue-se o extracto de um texto recentemente publicado pelo Presidente do Governo Autónomo da Madeira, integralmente disponível na página oficial abaixo destacada.

Hora de medíocres

"Os melhores do País, por um lado foram sendo cativados pelo sector privado e, por outro lado, muitos, mesmo muitos, não estão para se transformar em “mártires” e assumir responsabilidades públicas onde sabem que vão ser impunemente enxovalhados, desconsiderados, que terão de aturar o direito “democrático” dos analfabetos e dos incompetentes dizerem asneiras e neles interferir, ou mesmo sabotar, terão de aturar invejas patológicas e viver mergulhados na autêntica “selva” em que se transformou a vida portuguesa.
Tudo isto devido à grande alarvice em que se tornou a formação da Opinião Pública.
Assim, muito perdeu e perde Portugal.
Mas há uma mediocridade quase colectiva, que gosta disto.
Outro factor que contribuiu para a decadência nacional, foi o sistema de ensino. A ausência de formação cívica capaz; o facilitismo; a falta de rigor e de exigência que conduz à menoridade do Conhecimento; a preguiça na Inovação; a secundarização ou o quase ignorar do Mérito, em prol da massificação generalista e mediocratizante; o laxismo ante a indisciplina generalizada.
Está-se mesmo a ver, o que representam para Portugal eventuais Quadros, dirigentes públicos, saídos de um sistema há décadas assim.
Depois, a partidarite aguda que se apossou do País. Tudo anda à volta, e só, dos interesses dos Partidos políticos, tornando estes como que os proprietários exclusivos da Vida nacional, o que acaba por marginalizar tanta boa gente de quem o Estado necessita.
Nenhum País funciona, quando tudo se resume e limita aos interesses dos Partidos. Dá lugar ao carreirismo, incluso de gente que desde muito nova outra coisa não faz, senão “trabalhar para o Partido” e “fazer política”, inócua para o Interesse Nacional."

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Lisboa Operária


Fábricas de Lisboa no começo do século XX. Chocolates e máquinas de costura da Singer. Os trabalhadores olham o passarinho.

domingo, 18 de fevereiro de 2007

Arquivo Fotográfico de Lisboa







A Câmara Municipal de Lisboa anda nas bocas do mundo. Suspeitas de corrupção e de nepotismo. Grandes obras investigadas pela Polícia Judiciária, funcionários constituídos arguidos. Mais de 10.000 funcionários e centenas de milhões de euros de dívidas. Apesar desta desolação, corriqueira na nossa calamitosa administração local, a CML tem alguns serviços que trabalham com brio e qualidade. O Arquivo Fotográfico é um deles: milhares de fotografias catalogadas e digitalizadas, disponíveis para consulta. Imune ao caos dos dias que correm, o AF cumpre a sua missão de salvaguardar e comunicar a memória da cidade.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

NÃO

Fazer um aborto até às dez semanas é, para os seus defensores, um direito inalienável da mulher, fazer um aborto à décima quinta semana da gravidez já é inaceitável, já nao pode ser feito em "estabelecimento de saúde autorizado", já é crime passível de punição. Fazer das semanas o critério diferenciador das normas jurídicas é civilizado, chique, realista, uma evidência típica das sociedades liberais, advogam os adeptos da liberalização. Porque, como ontem disse o engenheiro Sócrates, matar, em hospital público ou clínica privada, um ser vivo que cresce, é escolher a modernidade: premiando quem aborta, subsidiando abortos, ainda seremos o país mais avançado mundo.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Funerais

Os funerais, que são a mais desoladora das cerimónias, o mais devastador dos deveres familiares, têm apenas uma virtude: reunem quem há muito não se vê, dão a oportunidade de iniciar ou reatar prazenteiros relacionamentos.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Avô Chico


Francisco Neto

1918 - 2007


Uma vida cheia jamais caberá num post ou até num livro. Mas quando morre um dos nossos, não nos podemos calar . Foram 70 anos de casamento, foram 6 filhos, 11 netos e 8 bisnetos. Foram mais de 50 anos de trabalho duro, entre quintas e fábricas na Beira, e minas em França. Foram muitos raspanetes, conselhos e encorajamentos.
Avô : merecias outra morte, merecias mais uns anos porque estavas lúcido, porque te mexias bem, porque cuidavas da avó e ela cuidava de ti, porque tinhas muitas suecas para jogar e mais alguns bisnetos a quem sorrir. E porque querias, como queremos todos, chegar aos 100.

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Uma menina brincalhona


Uma menina brincalhona.

Esta é uma das liberdades


Com os terroristas não se negoceia. Os espanhóis, que sofrem o terrorismo, sabem-no. Ontem, em Madrid, centenas de milhares de espanhóis mobilizaram-se admiravelmente contra a malignidade da ETA e a cobardia do governo de Zapatero.

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Vida


Que um tema como a despenalização do aborto seja submetido a referendo é coisa reveladora da miséria moral reinante e das diferenças que na comunidade portuguesa existem sobre a importância atribuída à vida humana.

A esquerda, que em Portugal foi responsável pela descolonização que levou a fome a Angola e Moçambique; que impôs nacionalizações que arruinaram empresas; que transformou o Estado num devorador da riqueza nacional, quer agora tornar a eliminação de vidas humanas em crescimento, um assunto privado, uma unilateral escolha da mulher, patrocinada pelo Estado.

O Estado que possui hospitais, que paga salários a enfermeiros e médicos, que comparticipa medicamentos, o Estado que diz defender a vida humana, corre o risco de se transformar numa máquina abortadeira, caso as esquerdas consigam, mais uma vez, vender a sua banha da cobra.

Creches a preços razoáveis rareiam, o abono de família é irrisório, incentivos fiscais para famílias numerosas não existem, e o Estado a preparar-se para gastar entre 800 a 1000 euros por aborto. Ao Estado não lhe basta ser injusto. Quer ainda ser obsceno.


JPC

João Pereira Coutinho é um dos moços mais legíveis deste bizarro país. Conheci-o na fase decadente do O Independente e habituei-me à sua prosa elegante que valoriza as lições e os bons exemplos da História, que espelha permanente aprendizagem, que reflecte uma bagagem cultural que não está ao alcance de todos: JPC sabe que não escreve apenas para si e sabe que quem o lê não é analfabeto. JPC escreve agora na instituição Expresso e na revista Atlântico, já aqui lembrada e sugerida.
Na edição de Fevereiro da Atlântico, JPC informa-nos que vive, confortavelmente, por opção, com a família. E avança alguns argumentos, como a "qualidade gastronómica nunca desilude." A gastronomia é encantar o paladar, mas, infelizmente, porque os homens não aprendem e as senhoras se saturaram, cozinhar é arte em crise de vocações:

"Encontrar uma senhora moderna e emancipada que saiba fritar um bife em condições é um desafio que pode levar o macho lusitano à loucura. Não admira que Sam The Kid, o famoso rapper presente em estúdio, tenha posto o dedo na ferida ao declarar que só deixa a casa da mãe quando encontrar senhora compatível para casar. Um abraço, Sam. E, já agora, um conselho: casar, sim, mas só com garantias de que a donzela sabe cozinhar."

FDUL

Na FDUL há uma elevada percentagem de belezas femininas. Será que o Direito atrai o Belo?